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  • Foto do escritorMarvyn Castilho

Decantação da Morte




Poema recitado por Sr. Arcano, para o quadro "Sarau dos Malditos",

na Soturna Sintonia Webradio.


Poema:


Eu sou o flanar silente,

Deixo-te ébrio em desventura.

Sou o seu brado algente,

Amortalhado na lágrima da agrura.


No silamento do seu pensar,

Eu segredo o debalde porvir flavo.

No cingir do seu tetro cismar,

Deixo no seu ermo ínfimo, alento!


Desvelo no feral luto,

O epílogo do seu sofrimento.

Levo lufadas ao Dédalo do seu lamento,

Deito-me sob granito...


Anelo nesse catre álgido de dolência,

Oscular o seu flébil íntimo.

No esmaecer onírico da deletéria matéria,

Eu abarco o último eflúvio do seu tempo.

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