Poema recitado por Sr. Arcano, para o quadro "Sarau dos Malditos",
na Soturna Sintonia Webradio.
Poema:
Eu sou o flanar silente,
Deixo-te ébrio em desventura.
Sou o seu brado algente,
Amortalhado na lágrima da agrura.
No silamento do seu pensar,
Eu segredo o debalde porvir flavo.
No cingir do seu tetro cismar,
Deixo no seu ermo Ãnfimo, alento!
Desvelo no feral luto,
O epÃlogo do seu sofrimento.
Levo lufadas ao Dédalo do seu lamento,
Deito-me sob granito...
Anelo nesse catre álgido de dolência,
Oscular o seu flébil Ãntimo.
No esmaecer onÃrico da deletéria matéria,
Eu abarco o último eflúvio do seu tempo.