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Cartas de Nosferatu - Rumanesk

Atualizado: 30 de jun. de 2020

Resenha escrita por: Sr. Arcano.

Se antes tínhamos em A Valsa das Almas uma poesia impregnada de assombrações, desta vez a autora invocou seus fantasmas e deu vida a Nosferatu e Uinitti – dois seres presentes no ambiente fantasmagórico que rodeia a poetiza do apocalipse.

Dona de uma personalidade cismática, introspectiva, fantasiosa, sonhadora e lúdica. Amante sem querer de uma vida trágica, recorre sempre que possível, às orações e à psicologia, bem como ao estudo da vida, da metafísica e da alma.

É intuitivamente gnóstica. Não frequenta a igreja, apesar de sua fé estridente em Deus.

Publicou seu primeiro livro “A Valsa das Almas” pela EDITORA CÍRCULO SOTURNOS.



Um livreto em formato de revista, com versos repletos de sangue, trevas e delírios. Uma edição caprichada, com uma diagramação ilustrada e colorida em papel couché.


Sinopse:

Ela viu um ser chamado Nosferatu, e ele estava ao lado de Uinitty – uma menina de outra dimensão que a acompanha desde criança.

As visões de Rumanesk não podem ser explicadas com simples palavras. Seus devaneios só encontram significado na poesia.

E os devaneios de seus sentimentos mais profundos ganham, nesta obra, tons vampíricos de uma natureza etérea e fantasmagórica.


Editar esse livro não foi uma tarefa simples. Tive que entrar em sintonia com a autora, e entender sua mente. Os versos soltos de Rumanesk pareciam voar no ambiente, com espaços entre as palavras que não se comunicavam. Mas estavam ali, para quem quisesse ouvir.



Foi preciso meditar. Concentrei-me nos vazios, tendo o cuidado de não me perder nos abismos da autora. Tudo o que faltava tem uma explicação: Rumanesk não pode segurar as palavras devido às visões de sua esquizofrenia. Então ela as deixa soltas, como uma letra de música apagada. Mas a canção permanece presente para quem entrar em sintonia com ela, e, com isso, é possível completar a música. Foi assim que eu consegui completar sua poesia. Eu entrei em sintonia com a poetiza através de uma profunda meditação, e dos abismos fui capturando as palavras que faltavam. Depois, foi necessário estudar sua mente para compreender o que causava tantos vazios. Estudei, procurei, e depois de muito tempo pude entender sua condição mental. Minha sintonia com a autora foi o que tornou possível a revisão de seus textos e a edição de sua obra.

Dificilmente um revisor se entregaria a um trabalho com tanta dedicação, e uma obra como a de Rumanesk é sempre um grande desafio para qualquer editor. Eu vi na autora a poesia dos sonhos, repleta de visões. Magia em forma de palavras. Se fosse publicado como estava, não seria a Rumanesk. Ela precisava de um intérprete.


Ao me apresentar Cartas de Nosferatu, eu sabia que teria um grande trabalho pela frente. Não são apenas cinquenta páginas, e que não menosprezem a obra pela quantidade de folhas, pois que o que há de grandioso e infinito nessa obra é a experiência arrebatadora de seus versos.


São palavras que nos absorvem, que nos contam uma história milenar e profunda; são cartas que estão além do tempo e do espaço, tal como o Nosferatu de sua obra, que me absorve cada vez mais com o passar do tempo, porque não consigo lutar contra a vontade de ler mais vezes o livreto, sempre ao meu lado enquanto durmo, com sua companhia vampírica invadindo meus sonhos.



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