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Desvendando a Elegia

Atualizado: 8 de mar. de 2020

Matéria por: Retrogoth666


Clique aqui para conferir o link original



Há duas semanas fiz uma Live no nosso Intagram abrindo um envelope que recebi de um dos parceiros do blog. Era o livro “Elegia” da autora contemporânea de literatura gótica, Júlia Trevas, lançado pela editora Círculo Soturnos. Hoje, após terminar minha leitura, resolvi – como prometido – escrever uma resenha sobre o mesmo aqui no blog.


Júlia é uma mocinha trevosa paraibana, que nasceu em 1996 e, assim como eu, cursa Letras Português/Inglês. Seus poemas carregam a melancolia e as questões existenciais do romantismo, algo que sempre apreciei.


A autora também já participou de 2 antologias, uma com um de seus poemas e outra com um conto. Além disso, é autora de um livro de ficção científica e possui outros projetos no mundo da literatura.


Foi ela mesma quem me enviou o livro Elegia. Livro este que o blog RetroGoth666 também havia divulgado seu lançamento. Junto dele, ganhei um adesivo e um autógrafo dela mesma me desejando boa leitura – que, com certeza, eu já sentia que seria.


Ao passar das páginas, percebi que Júlia possui um jeito excêntrico de escrever que contém um sentimentalismo expresso deverasmente sensível. Como se tal sensibilidade ultrapassasse a barreira do papel e da tinta e se transmutasse em sentimentos tangíveis como uma fumaça ébria inalada por quem os lê.



“Nas sinceras lágrimas da noite fria, Nas agonias onde a lua não alumia, Na fragilidade da despedida ainda iludida, Uma melancolia em leito angelical habita. Um coração em sombras recostado Embriaga-se nas obras da poesia, Em grande elegia.”


Além disso, a decoração das páginas também compõe essa brisa mórbida e estonteante numa maneira singular.



Para entender as palavras de Júlia é preciso carregar em seu peito a essência do ser ultrarromântico. Daqueles que despertam morbidez e tristeza, que não sabem se a lua é mais bonita no inverno ou no verão, que anseiam em seu coração uma vontade de não-sei-o que – talvez um amor correspondido, um cigarro ou um vinho para curar as desgraças da vida, em sua arte poética.


Em seu livro é notável a influência de autores como H. P. Lovecraft e Edgar Allan Poe. Inclusive, na nossa IT’S A LIVE de revelação do conteúdo do envelope, ao abrir o livro, escolhi aleatoriamente um de seus poemas para ler aos macabros que acompanham o blog, e o poema sorteado se chamava “Eu não sou Edgar Allan Poe” – o primeiro publicado pela autora. Outro incrível poema de Júlia se chama “Alucinações Lovecraftianas“, deixando claras tais referências e homenagens.



Júlia Trevas

Assim como Álvares de Azevedo e muitos outros autores que iniciam seus poemas referenciando um verso de algum outro poeta para ilustrar o cenário de sua obra ou para simplesmente conversar com ele, a moça em um de seus poemas também fez o mesmo com um verso do inglês John Keats – outro poeta romântico – reafirmando, assim, seu gosto e inclinação por tal movimento literário.


“Os versos desta obra são canções que nos levam aos sonhos de uma dança sob o luar” – diz na contra-capa. E por falar em luar, o livro Elegia possui um capítulo separado apenas com poemas em adoração ao astro dos românticos sonhadores, a Lua.


Uma dica que dou é ler sua obra em uma noite de lua cheia, para, ao final de cada poema, contemplar a figura de admiração proposta e assim trazer à tona a sensibilidade que os versos expressam.


Gostei muito de ter lido esta obra e de ter recebido pela segunda vez um livro da editora Círculo Soturnos, parceira do blog. À autora desejo que sempre continue escrevendo, pois poucos conseguem exprimir devaneios tão profundos e singelos.


Meu muito obrigada mais uma vez à Júlia Trevas pelo livro e pela experiência deliciosa da leitura e à editora Circulo Soturnos pela parceria.



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