Vítimas todos somos?
Da existência sem alento,
Da famigerada saudade e seu tormento,
Do epílogo dos nossos sonhos.
Vítimas todos somos?
Do crepúsculo do feminicídio,
Do atroz e funesto infanticídio,
Da nefasta escravidão dos negros.
Da polícia e sua miríade de coação,
Da agressão sem razão,
Que oblitera o encetar da reflexão.
Vítimas todos somos?
Da asco e pueril prostituição,
Do nosso lucífugo silêncio, velado em lassidão.
Em X de novembro de MMXX. E. V.
Dies martis.
Marvyn Castilho.
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