Era uma noite lúrida...
Com um mavioso e pálido luar,
A solidão, meu ser foi abarcar,
A alcova era tétrica, como uma ermida.
Com um atro ar vicíado e algente,
Eu tinha apenas uma garrafa de tinto, como alento,
Para silenciar o meu ingente lamento,
Em um debalde epílogo para esse ensejo dolente...
Com minh' alma amofina e nua,
Precipitei um errar, pela erma rua,
Foi quando avistei uma silhueta langue.
Que desvelava um ínfero carpir, no seu olhar,
Que por amar, a existência veio a findar,
No álgido ósculo, que a morte tange.
Em VII de março de MMXX. E. V.
Dies saturni
Marvyn Castilho.
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