Desejo Enterrado (Cemitério pela Janela)
- Fernanda Miranda
- 9 de ago. de 2020
- 1 min de leitura

Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Enterrado efêmero desejo No coração soturna ferida Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Amor que fenece num lampejo Restos de lembranças esquecidas Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Soturno sonho, outrora ensejo Mentiras, emoções entorpecidas Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Nada que valesse meu desejo Meras ilusões, palavras distorcidas Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Enterrado jaz o que não revejo Fenecem afeições ensandecidas Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Amizade... Com tempo esqueço! Uma atroz e niilista despedida... Um cemitério pela janela vejo As lápides e estátuas coloridas Um renascimento que almejo Minha alma livre e enaltecida (Fernanda Miranda/ Nanda Scarllat, 07/08/2020)
***Capa do poema por James Gallagher

*Foto de cemitérios coloridos da Guatemala, que inspiraram parte desta poesia
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