No féretro ambulante que encerrei-me,
deixei falir a súplica diária:
de face exausta, pálido larguei-me
caixão de pernas, urna mortuária...
Por mais que sob o tórax me queime
algum flagelo - acesso de urticária -
meu corpo em tudo aquilo que tornei-me
resiste em condição obituária.
Cadáver que as monções de nova vida
sentiu nos seus cabelos balançar...
escuta o som da tampa removida
Assiste a luz na tumba penetrar:
Não vens dormir no túmulo, querida;
retira o morto para caminhar!
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