Por: Júlia Trevas (Poema do livro ELEGIA)
Narração: Renan Caíque
Descarregar-me como um peso em uma leitura.
Minha alma lateja e produz essa sensação estranha...
Como um lampejo, um lampejo de solidão
perturbando a solitude.
O som do silêncio... Como um impactante, porém leve zumbido;
Quebrado é! O arrastar da caneta sob o papel o quebra;
E este frio noturno que me abrasa é um egoísta conforto!
Observo os terrores do livro de bolso,
penso nos desabrigados afora...
A perturbada Solitude desequilibra-se e me apavora!
Versos aquebrantados agora são guiados por sons ao fundo...
Quebrados versos, aqui quebras-me noite fria!
Moça eterna de estrelas pontilhada,
Por nuvens vermelhas e acinzentadas emoldurada num elmo.
Será que Keats também transpirou este sentimento
Ao contemplar urnas desenhadas?;
Ao elogiar o nobre pássaro da noite?
Este pesaroso sonho é incerto...
Já desconheço o sono, já não posso distinguir.
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