E no pilar central Da árvore da vida, Na eterna lida de amofinar, Encontram sempre guarida, Espectros que existem Para angustiar. É ali que permeiam Todos os obsessos, Que tanto atormentam O incauto avejão, Abrigados que estão Sob mantos espessos, Alimentando-se sempre De enxofre e alcatrão. Espectros visíveis Somente aos iniciados, Aos que dominam Os segredos e as artes; Mesmo estando fora Dos corpos tomados. Causam-lhes sensações Em todas as partes. Anunciando assim O início dos tormentos, Aparições feéricas Espectros sedentos Sequer penetram a aura, Num supremo mal, Numa atmosfera negra, Num ar imaterial Acabrunham, afligem, Torturam os tomados Negando-lhes a felicidade Dos bem aventurados.
Poema do livro: Antologia Soturnos - Volume 1
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