Poema de Rumanesk
Numa noite de lua alta. Bem alta... Eu já tinha bebido do meu sangue. Ela estava com os lábios encantados, cheios de ópio.
E o meu beijo adormecido na companhia da sua sombra.
Voando pelos tetos do salão, no meu castelo, o órgão tocava sozinho.
Eram vultos da madrugada.
No entanto, eu e ela víamos a morte irromper nossas almas.
Sorríamos, nos fundíamos até que, já rotos de tantos abraços e sangue, caímos do teto, e a morte então nos pegou e sussurrou com sua voz baixa e gutural:
- Eu os amo!
(Insânia...)
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