Poema de Arys Gaiovani
Os últimos raios de um sol frio, quase aniquilado, Vieram ao alpendre me encontrar ainda duvidoso. Não havia o som do vento, sequer um ser alado, Tudo que existia estava preso no véu misterioso.
Envolto em névoas densas, o mundo sucumbia, Nem mesmo uma lembrança da vida anterior. No total silêncio daquela noite nada se permitia, Atônito, o luar capitulou, ora rendido ao amargor.
Não puderam ser rendidas últimas homenagens, Antes que se consumassem momentos fatídicos, Nada mais estaria vivo em dantes claras paragens.
No esplendor da destruição, a morte anunciada Selou em glória os infaustos episódios verídicos; Não houve amanhã depois da noite amaldiçoada.
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