Poema de Anjo da Esbórnia.
Meus pesadelos são eternos, Meus sonhos, efêmeros... Meus delírios são meus guias: sustentação. Pois minha lucidez, Acusa-me do que não pretendo ser Jaz que neste antro mundano, Tudo é referência ao escarro Em que o Sistema te estabelece E impinge à mais torpe das pretensões Guiando em sucumbir a favor da maré: ilusão. Jogo do Poder! O eterno retorno do desgosto insano Acusando-nos dos delitos inversos Ao subvertermos à Ordem estabelecida! Eis que minha apóstata revela A libertação de tudo atroz contido Na fé cega daqueles que um dia pretendeis Alcançar as dádivas da liberdade Aqui ou em outro mundo... Ó delírios incontidos na ingênua salvação! Perplexidade dilui nos rincões soturnos: condição. Incontida perante a fome de Saturno Forjemos de fato a libertação concreta! O real está contido na sinestesia da vida! Do imponderável de uma fé revelada, Um antagonista invisível e criado De nossos desesperos inauditos que um dia Inverteu-se de criatura para nosso algoz! Onde está a esperança? Onde? Onde está o destino? Onde? Que seja em você, Ou em mim que queira ver, Sentir e redimir de tudo? Que importa isto tudo? Que queiras um momento sóbrio Ou de devaneios a responder? Que se foda você ou ao sistema que tenta crer, Que nestes momentos venham fazer
Por mim ou por você!
Comments