Poema de Lana Insana
Erros humanos Causando centenas de mortes, Um homem Enterra uma criança;
O horror humano Na criança aterrorizada, Uma menina confunde Uma câmera com uma arma;
Gritos e desespero de milhares, numa sala de sangue e dor, Crianças tentam escapar Da sala em que foram trancadas;
Milhares de almas Humilhadas, Estudantes massacrados Num trágico acontecimento;
Milhares são assassinados Pelas causas e ideais De uma minoria repleta De Medo e ignorância;
Que um traço de humanidade Seja privilégio e não um direito, Um Iraquiano condenado Conforta a dor de seu filho;
Pessoas morrem Pela ignorância, Uma mulher trancada numa caixa, Para morrer de fome;
Paraísos corruptos, repletos de poluição, Um surfista bebe lixo No mar da Indonésia;
A desgraça do fanatismo Mata estudantes, Partidários políticos Arrebentam suas cabeças (literalmente);
Centenas de mortos empilhados Em ruas pelo mundo, Miséria e fome na Nigéria...;
Fronteiras fechadas por números, Fechando também as portas da esperança; Migrantes curdos tentam fugir Da guerra na Síria;
Um passo terrível projeta a sombra De um homem morto, A marca da vítima de Hiroshima No chão da cidade;
Uma triste morte acontece Num deserto, e ninguém vê A mulher carregando seu filho, Morto de fome na Somália;
Crianças choram, tentando fugir Da violência da Síria, Enquanto seus pais são encurralados Pelo exército grego;
E ainda na Síria, uma menina Perdeu a infância No olhar. Casa bombardeada;
Milhares de animais Morrem por nossa insensatez, Várias espécies desaparecem Por nossa ganância e consumismo;
E a fome se espalha Neste mundo injusto Em que milhares de toneladas de alimentos São desperdiçadas;
Um pai anda com seu filho Na rua destruída Em Aleppo, Na Síria;
E quando a pobreza é vítima Do desastre, Resta a tragédia. Terremoto no Haiti;
Uma menina branca descansa tranquila No banco onde só europeus podem sentar. Atrás do banco sua babá africana Penteia seu cabelo;
Uma outra criança Joga uma pedra Num tanque israelense Durante a Intifada;
E permanecemos completos selvagens, Indiferentes à grande pilha de crânios De bisontes americanos Que serão adubo;
E os animais, que dependem de nós Para viver, Morrem, como o albatroz, Com seu estômago repleto de lixo.
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